Banco Mundial anuncia apoio de 120M$ para reabilitação da Protecção costeira destruída pelo Idai

Já estão disponíveis os 120 milhões de dólares provenientes do Banco Mundial e Reino dos Países Baixos para as obras de reabilitação do sistema de drenagem e da protecção costeira da cidade da Beira.

De acordo com Rute Nhamucho, directora executiva da Administração de Infra-Estruturas de Água e Saneamento (AIAS), no Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, está previsto que as duas empreitadas arranquem nos finais do próximo ano e concluídas até 2024.

Citada pelo “Notícias”, Nhamucho explicou que o desembolso de fundos surge em resposta ao apelo lançado pelo Governo, durante a Conferência Internacional de Doadores realizada em Junho de 2019, na cidade da Beira, no quadro do processo de reconstrução pós-ciclone Idai.

No caso da protecção costeira, as obras estão avaliadas em 90 milhões de dólares sendo que os trabalhos vão decorrer em duas fases, num raio de 20 quilómetros, entre a Praia Nova e o bairro do Estoril. “Este trabalho vai contemplar a construção da nova bacia de retenção das águas pluviais”, sublinhou a fonte.

Neste momento decorrem estudos técnicos para o arranque desta obra, cujo financiamento provêm da Holanda, conforme avançou Rute Nhamucho.

“A nossa expectativa é maior. Os consultores estão na fase de licitação e esperamos que até finais de 2022 sejam pelo menos mobilizados os empreiteiros para iniciarem as obras que, acreditamos, acontecerão em simultâneo”, perspectivou.

Recorde-se, a primeira fase do projecto de reabilitação do sistema de drenagem da cidade da Beira terminou em 2019, tendo contemplado canais primários ou principais, numa extensão total de11 quilómetros.

Foram reabilitados os canais que partem do desaguadouro das Palmeiras e fazem o trajecto rotunda de Chipangara-Maraza-Munhava-rio Chicota, na lixeira municipal.

Também foi construída nova bacia de armazenamento, em Maraza, com uma área de 16 hectares e um volume de armazenamento de água de 175 mil metros cúbicos. Na mesma ocasião foram reabilitadas as estruturas de descarga das Palmeiras, que passaram de três para cinco comportas, permitindo maior vazão das águas pluviais.

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