O Banco de Moçambique (BM) considera que o cenário macroeconómico do país poderá registar melhoria significativa a curto e médio prazos, em razão da execução dos projectos emergentes na província de Inhambane e na Bacia do Rovuma, bem como da retoma do apoio directo ao Orçamento do Estado pelos parceiros de cooperação.

Esta convicção foi expressa ontem, na cidade da Beira, província de Sofala, pelo governador do Banco Central, Rogério Zandamela, na abertura do 47.º Conselho Consultivo da instituição, que decorre sob o lema “Desafios e Oportunidades da Indústria Açucareira em Moçambique – o Caso da Província de Sofala”.

“Antevemos, igualmente, o retorno, a médio prazo, da inflação anual para um dígito, reflectindo os ajustamentos em alta das taxas de juro que o Banco de Moçambique tem feito, aliados à estabilidade da taxa de câmbio que se prevê”, disse Rogério Zandamela.

A curto prazo, o BM alerta, no entanto, que se continuará a observar alguma pressão inflacionária no país, explicada pela repassagem do recente ajustamento dos preços dos combustíveis para a tabela de outros bens e serviços.