Banco Central paga mais da metade da factura de importação de combustíveis

Banco Central paga mais da metade da factura de importação de combustíveis

A factura da importação de combustíveis para o mercado moçambicano já absorveu 368 milhões de dólares, e o Banco de Moçambique (BM) pagou mais metade desse valor, ou seja, 201 milhões de dólares, correspondente a 54%, ficando o remanescente na responsabilidade dos bancos comerciais.

Segundo o jornal “Notícias” esse é apenas o valor referente aos primeiros cinco meses do ano, de Janeiro a Maio.

A cifra desembolsada pelo Banco Central pode ser interpretada como sinal de ganho de alguma robustez financeira por parte dos bancos comerciais nos últimos anos, tendo em conta que no passado a comparticipação do Banco de Moçambique já esteve muito acima dos níveis actuais, segundo Emílio Rungo, quadro sénior do BM.

“Ultimamente os bancos têm assegurado o pagamento da factura. Ano passado, no mesmo período – Janeiro a Maio a factura de combustíveis foi de 240 milhões de dólares. Desse montante, 126 milhões foi a comparticipação do Banco de Moçambique”, disse.

A actuação do Banco Central na importação de combustíveis visa assegurar a existência de combustíveis no mercado.

Durante um encontro mantido com jornalistas, Rungo destacou a balança de pagamentos no país em 2021 e primeiro trimestre de 2022, salientado que existe uma melhoria da conta corrente, embora continue deficitária.

A melhoria deriva da redução do défice da conta corrente em 2021 em relação a 2020 em 255 milhões de dólares, provocado pela conjugação das importações e exportações, num cenário em que o investimento directo estrangeiro aumentou em dois mil milhões de dólares.

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