A Altona Rare Earths anunciou, esta semana (01.04), a descoberta do mineral raro, denominado Gálio, de alta qualidade e com concentrações até 232 g/t Ga, no Monte Muambe, distrito de Moatize, província de Tete.
A empresa destaca que o mineral é estratégico, e está a registar alta nos preços devido à maior procura no mercado internacional, impulsionada pela guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.
“O preço do gálio é atualmente de cerca de 250 dólares por kg. A recente proibição das exportações de gálio e germânio para os Estados Unidos fez com que o gálio atingisse o seu preço mais elevado desde 2011, ou seja, 585 dólares por kg em dezembro de 2024” refere a empresa em comunicado.
O gálio é um metal raro normalmente extraído como subproduto do minério de zinco e bauxite e é utilizado numa vasta gama de aplicações electrónicas e de alta tecnologia, tais como radares, díodos de luz e semicondutores.
O gálio é considerado uma matéria-prima estratégica por várias jurisdições, incluindo a União Europeia, sendo que a China detém um quase monopólio da sua produção.
A mudança de preço do gálio e as recentes descobertas de gálio de alto grau associado a terras raras em carbonatitos levaram a Altona a rever os seus dados de perfuração para este metal.
Esta descoberta poderia potencialmente mudar a economia de alguns dos corpos de minério de terras raras em Monte Muambe, em particular o Alvo 6, fornecendo um subproduto adicional valioso. A extensão lateral da mineralização de gálio é desconhecida e será avaliada como parte da próxima campanha de trabalho de campo.
A Empresa confirma que as amostras de espatoflúor foram entregues ao laboratório Peacocke & Simpson, no Zimbabué, para testes de separação por gravidade e flotação, e que o processo de testes foi iniciado. O atraso na entrega deveu-se a dificuldades logísticas causadas pela instabilidade pós-eleitoral em Moçambique, que já diminuiu. Os resultados destes testes são esperados durante o mês de Abril.
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