O deputado português, Rodrigo Saraiva, da Iniciativa Liberal, entende que o presidente do Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), Albino Forquilho, traiu a confiança do povo moçambicano e do candidato presidencial, Venâncio Mondlane, ao demonstrar que os 43 deputados eleitos vão tomar posse para a nova legislatura.
Albino Forquilha e Venâncio Mondlane assinara um acordo que visava o suporte mútuo durante todo processo das eleições gerais de 9 de Outubro de 2024. Isto aconteceu após a Comissão Nacional de Eleições reprovar a candidatura da Coligação Aliança Democrática (CAD) para o escrutínio.
Em debate na emissora SIC, ontem, o deputado disse ser estranho que somente o presidente do Podemos tenha manifestando a intenção de tomada de posse de seus deputados, quando os líderes da oposição dos partidos Renamo e Movimento Democrático de Moçambique não o fizeram.
“Nem a Renamo, nem o MDM, assumiram já que querem tomar posse. E é o Podemos, com o seu líder Forquilha, que coloca mais afirmativamente a possibilidade de tomar posse, atraiçoando assim o acordo que tinha com Venâncio Mondlane, mas mais importante, atraiçoando o sentimento de mudança do povo moçambicano” notou.
Por outro lado, Saraiva destacou que Venâncio Mondlane tem sido a voz da expressão de vontade transversal de mudança de vida de um povo que já perdeu o medo.
Neste sentido, considerou a possibilidade de o candidato presidencial regressar ao país, até porque ficou vários dias sem se fazer as habituais comunicações.
“Era importante que Venâncio Mondlane pudesse regressar a Maputo” disse, frisando a necessidade de garantias de segurança “porque já foi alvo de tentativas de assassinato” mesmo “em parte incerta”.
Entretanto, ontem, Venâncio Mondlane anunciou o seu regresso a Moçambique, e Saraiva comentou na rede social X: “… Um passo importante e de enorme coragem. O governo português, directamente e mobilizando comunidade internacional, em especial a UE, deve pressionar o governo moçambicano para dar totais garantias de segurança a Venâncio. É uma exigência de Liberdade”.
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