Sessenta e um agentes do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) foram acusados dos crimes de rapto, tráfico de drogas, corrupção e associação para delinquir, avançou, esta quarta-feira, em Maputo, a Procuradora-Geral da República (PGR).
A responsável máxima do Ministério Público, Beatriz Buchili, disse que alguns agentes da corporação aproveitam-se das suas nobres funções para extorquir ou solicitar vantagens indevidas, chegando mesmo a aliar-se ao crime, como cúmplices ou autores morais ou materiais.
Por conta desses comportamentos desvirtuados da deontologia profissional e responsabilidades inerentes ao Serviço, “seis membros do SERNIC foram acusados pelo crime de uso de documento falso, designadamente, de certificados de habilitação, que determinou o seu ingresso no quadro de pessoal da instituição e outros 61 por envolvimento na prática dos crimes de tráfico de drogas, rapto, corrupção e associação para delinquir”.
Apresentando o informe sobre o estado da Administração da Justiça referente ao ano de 2022, a PGR disse que as atitudes desviantes levaram igualmente à instauração de 44 processos disciplinares, por violação de deveres profissionais, que deram lugar a aplicação das seguintes sanções: uma expulsão, duas demissões, 11 multas e três repreensões públicas. Foram arquivados quatro processos e o remanescente encontra-se em tramitação.
A apresentação do informe sobre o estado da Administração da Justiça referente ao ano de 2022 prossegue esta quinta-feira (20), na AR.
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