Por duas ocasiões, o adido de imprensa da Presidência da República (PR), Arsénio Henriques, viu o seu profissionalismo ser questionado, em público, pelo Presidente da República (PR), Filipe Nyusi.
Na primeira ocasião, enquanto o PR se arrumava para se dirigir a uma plateia e à Nação, no dia 4 de Outubro “Dia da Paz”, já na tribuna de discurso (pódio ou púlpito), em surdina, repreendeu o adido e o Ajudante de Campo (AdC/guarda-costas). O microfone estava ligado e foi possível ouvir Filipe Nyusi dizer “Pode tirar isto, pode tirar isto. Não se vê na… Você nunca faz o teu trabalho sabe!? Vocês nunca fazem o vosso trabalho”!
O segundo episódio ocorreu esta semana, aquando de uma reunião virtual entre o PR e embaixadores de Moçambique na diáspora. O evento foi transmitido, em directo, pela televisão. A dado momento, Nyusi se dirigiu para o adido de imprensa dizendo “Arsénio, deixe-me trabalhar…”.
Para o activista social e dos direitos humanos, Adriano Nuvunga, a postura de Filipe Nyusi não foi das melhores.
“Não fica bem, quando nós os mais velhos tratamos os mais novos desta maneira” disse, após elogiar o brio profissional de Arsénio Henriques, adido desde o primeiro mandato de Nyusi.
Nuvunga sugeriu que o PR enviasse o adido para fazer formações no exterior, “para ser melhor profissional”.
“Não é este país que queremos, onde os chefes grandes humilham, assim, em público, os seus colaboradores mais directos. É assim que começam os problemas”, disse.
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