O comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) disse, esta quinta-feira, em Maputo, que a partir do ano de 2023 apenas agentes da corporação poderão frequentar aulas na Academia de Ciências Policiais (Acipol).
Um dos requisitos revelados por Bernardino Rafael são cinco ou três anos de experiência de trabalho como membro da PRM, depois de já terem passado pela formação básica na Escola de Matalane ou agentes saídos da Escola de Sargentos.
O conceito geral da ACIPOL é formar polícias, sendo que o membro da PRM, depois de jurar à bandeira em Matalane, passa a ter o direito de entrar e prosseguir com os estudos.
Até este ano, a Acipol recebia civis, que, entretanto, a meio do curso deviam frequentar também a Escola Prática de Matalane para ter o estatuto e depois regressavam à academia para concluir o curso, um processo que o comandante-geral considera “demorado”.
“Estamos a ‘jampar’ [saltar] algumas etapas aqui”, disse Bernardino Rafael, falando a jornalistas, frisando que “sair de casa e ir à academia, não é ser polícia. A única escola que atribui o estatuto é Matalane”.
De acordo com a polícia, este ano serão admitidos 100 agentes para a Acipol, dos 150 contemplados, pelo menos até que se inicie a formação exclusiva de polícias na instituição.
“Ao nível superior vamos começar com a entrada na ACIPOL de um maior número de membros da PRM, com 100, e assim estaremos a cumprir uma decisão matriz presidencial que nos diz que aquela academia é policial. Então vamos, paulatinamente, deixar de receber estudantes que não sejam polícias”, disse.