Acidentes de viação causaram 134 óbitos nos primeiros dois meses do ano em curso, Janeiro e Fevereiro, mais 40 óbitos (43%) se comparado com igual período de 2024, quando se verificaram 94 mortes, segundo o Chefe da Repartição de Investigação e Peritagem de Acidentes de Viação no Departamento de Trânsito no Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique, Agostinho Amor.

Os óbitos contabilizados em 2025 resultaram de 110 acidentes, contra 92 acidentes do mesmo período do ano 2024.

Os dados, apresentados esta manhã numa entrevista à Rádio Moçambique, indicam que este ano houve uma subida 56 no número de pessoas feridas com gravidade, que passou de 74, em 2024, para 130, em 2025, representando +76%. Os feridos ligeiros passaram de 151, no ano passado, para 237, este ano, correspondente a uma subida de 86 feridos (57%).

As autoridades registaram ainda a subida no número de danos materiais avultados, e redução nos danos ligeiros.

A cidade de Maputo registou o maior número de acidentes. Foram 20 sinistros que resultaram em 20 óbitos. Na província e Gaza foram 19 acidentes e 22 mortes; Inhambane foram 14 acidentes e 16 óbitos; província de Maputo 16 acidentes e 32 mortes; em Manica foram 11 sinistros e sete óbitos – os dados de Manica não incluem o sinistro que resultou em 23 mortes.

Segundo Agostinho Amor, o maior número de sinistralidade ocorre por atropelamento de peões. No cômputo dos dados dos dois meses, registaram-se 43 atropelamentos e 39 óbitos, este ano, contra 35 atropelamentos no ano passado. Os choques entre automóveis foram registados 24, que resultaram em 41 óbitos. Seguem-se os despistes com um registo de 25 acidentes e 30 óbitos. Os choques entre carros e motos foram nove que resultaram em nove óbitos. Choques contra obstáculos fixos foram quatro e nove óbitos. Choque entre carros e velocípedes foram quatro acidentes e cinco mortes. E um choque entre motos resultou, este ano, em uma morte.

As causas desses acidentes são pela desobediência às regras de condução: a velocidade excessiva (68 acidentes); condução em estado de embriagues (um acidente); ultrapassagem irregular (nove acidentes); deficiências mecânicas (três acidentes); trânsito em sentido contrário (cinco casos); mudança de direcção irregular (três casos); e cruzamentos irregulares (sete casos).

Na visão das autoridades, a responsabilidade dos sinistros “é partilhada por todos os intervenientes de segurança rodoviária”, nomeadamente, os utilizadores das vias “condutores, peões, passageiros e os gestores [das estradas]”.

“Cada um, fazendo a sua parte, da melhor forma, a situação de segurança rodoviária pode melhorar” disse, Amor.