Accionistas maioritários da Thai Moçambique Logística abandonam projecto ferro-portuário multimilionário

Os accionistas maioritários da Thai Moçambique Logística (TML) vão abandonar o projecto de construção de uma ferrovia que une Chitima, em Tete, e Macuse, na Zambézia, onde também será instalado um porto de águas profundas.

A Thai Moçambique Logística (TML) é um consórcio público-privado de capitais italiano-tailandeses e moçambicanos, avaliado em mais de 2,7 mil milhões de dólares. A Companhia Pública de Desenvolvimento Italiano-Tailandesa (Italian-Thai Development Corporation Limited ‘ITD’) detém 60% do projecto e a Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e o Corredor de Desenvolvimento da Zambézia (CODIZA) detêm, cada uma, 20%.

O projecto está atrasado há mais de seis anos, pois devia ter iniciado no primeiro trimestre de 2016. Há dois anos que a ITD está em negociações com investidores indianos interessados no projecto, dado que têm também interesse no carvão de Tete.

“Os tailandeses já não querem continuar com o projecto e nós temos esta convicção. O problema está nos valores a discutir: quanto é que os indianos podem pagar aos tailandeses”, disse Abdul Carimo, da CODIZA, citado pela STV.

Carimo disse existir um acordo entre as partes para a realização de uma auditoria de modo a se aferir um valor justo para a transação. “O processo de financiamento ainda está em negociações e nada está fechado relativamente a todo o corredor Chitima–Macuse”.

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