O Access Bank Moçambique anunciou, hoje, que foi a primeira instituição bancária no país a aderir ao sistema tecnológico de facilidade de operações e prevenção de fraudes em dispositivos de Ponto de Venda/Serviço (POS), denominado Contactless.
A tecnologia Contactless (Sem Contacto) é, na verdade, um chip que permite ao utilizador de qualquer ‘cartão Visa’ realizar operações sem a necessidade de o colocar no aparelho POS. O regulamento refere que somente uma proximidade de 4 centímetros entre o cartão e o POS, já equipados com o chip, poderão facilitar as operações.
“Esta tecnologia, já em uso no país, assenta em duas vertentes: de comodidade, em que os clientes, apenas aproximando o cartão podem realizar pagamentos de baixo valor, e de segurança, em que o cartão acaba por nunca sair das mãos do utilizador”, explicou o Administrador-delegado do Acccess Bank Moçambique, Marco Abalroado, numa conferência de imprensa, em Maputo.
Na ocasião, Marco Abalroado reconheceu que a nova tecnologia não resolve o problema das fraudes bancárias em POS, mas reduz significativamente, como ocorreu em países da região Austral de África.
“Agora, a África do Sul exige que o cartão de um utilizador esteja equipado com a tecnologia Contactless antes de o utilizar em um dispositivo POS. E, por lá, há uma consciencialização das empresa para instruírem os seus colaboradores a exigirem esses cartões”, referiu Abalroado.
O responsável disse também que os utilizadores dos ‘cartões Visa Contactless’ poderão utilizá-los em outros países do mundo, “onde os POS estão assinalados com o símbolo Contacless”.
“Este é um marco no sistema financeiro moçambicano. [A sua adopção] é um mandato da Visa. Isto significa que todos os bancos são obrigados ter esta tecnologia”, referiu o Director Executivo da SIMO Rede, Raimundo Matuassa.
O responsável da SIMO Rede esclareceu que apesar de a adesão à tecnologia ser uma condição há muito tempo imposta pela Visa, isto é inteiramente do interesse particular de cada instituição bancária.
No entanto, as expectativas, tanto de Raimundo Matuassa e Marco Abalroado, são de, num futuro breve, as instituições bancárias em Moçambique estarem todas equipadas com a tecnologia.
“O plano disso não depende só da SIMO, mas de outros bancos. O que nós fizemos foi criar o ambiente para os bancos aderirem a essa tecnologia de cartão. Neste momento temos condições para produzirmos qualquer cartão Contactless para todos os clientes em Moçambique”, referiu Matuassa.