O Governo deve rever e renegociar os contractos com as multinacionais petrolíferas que exploram os recursos naturais no país, segundo a perspectiva da bancada parlamentar do partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS).
“A falta de uma legislação eficaz sobre responsabilidade social das empresas contribui para essa desconexão, com promessas de benefícios não cumpridos”, disse hoje o chefe da bancada do partido, Sebastião Mussanhane.
Falando na cerimónia solene de abertura da I sessão ordinária da AR, na sua X legislatura, Mussanhane referieu que “as populações nas áreas de exploração continuam a enfrentar desigualdades, enquanto grandes multinacionais e elites do país acumulam riqueza”.
A ideia é que os novos contratos possam garantir uma distribuição mais equitativa da riqueza, sobretudo nos sectores de educação, saúde, e infraestruturas, e assim promover o desenvolvimento local e sustentável.
Mussanhane apontou como exemplo das populações que não se beneficiam dos recursos naturais, as comunidades da localidade de Temane e Pande, distrito de Inhassoro, província meridional de Inhambane, local onde há mais de 20 anos, a petrolífera sul-africana Sasol, explora gás natural.
Indicou, igualmente, às multinacionais francesa Total Energies, e norte-americana Exxon Mobil, em como que também devem renegociar os contractos de exploração dos recursos naturais porque “muitas comunidades locais ainda vivem em condições de extrema pobreza”.
Mussanhane acredita que as dificuldades que os serviços públicos essenciais como saúde e educação enfrentam deve-se à falta de profissionais e recursos, facto que dificulta o acesso aos serviços de qualidade.
“A transformação de Moçambique depende de investimentos consistentes nessas áreas, garantindo dignidade e acesso igualitário para todos”, disse. (Fonte: AIM)
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