A União Europeia (UE) poderá congelar os 20 milhões de euros para o Ruanda, visando as operações militares contra o terrorismo na província de Cabo Delgado.
Cabo Delgado/Terrorismo: Europa concede 20 milhões de euros para tropas ruandesas em Moçambique
Esta é uma das medidas sancionatórias que o bloco colocou na mesa para persuadir Kigali a retirar o seu apoio ao grupo “terrorista” M23 que tomou a cidade de Goma no leste da República Democrática do Congo (RDC).
Outras medidas ainda não adoptadas contra o Ruanda incluem sanções individuais contra nove pessoas e uma entidade. Para já, os ministros europeus dos Negócios Estrangeiros reunidos em Bruxelas, Luxemburgo, suspenderam as conversações com o Ruanda no domínio da segurança.
Na segunda-feira, a Alta Representante do bloco para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Kaja Kallas, disse que as medidas serão adoptadas no cômputo diplomático.
“A situação é muito grave e nós estamos à beira de um conflito regional. A integridade territorial não é negociável nem na República Democrática do Congo, nem na Ucrânia. A Carta das Nações Unidas aplica-se da mesma forma em todo o lado. Apoiamos claramente os processos de paz de Luanda e Nairobi para atingir resultados através dos meios diplomáticos. Mas estamos também a tomar outras medidas. Desde logo, as consultas entre a União Europeia e o Ruanda em termos de defesa foram suspensas. Há igualmente uma decisão política de fazer avançar as sanções em função da situação no território. Pedimos ao Ruanda para retirar as suas tropas e o protocolo sobre o tratamento de matérias-primas será revisto” disse.
As sanções ainda não foram formalizadas, mas a líder da diplomacia europeia indicou que as possíveis punições vão focar-se no Memorando de entendimento assinado entre a União Europeia e o Ruanda há cerca de um ano e onde os europeus prometiam cooperar com Kigali sobre diversificação económica.
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