O investigador João Feijó entende que Venâncio Mondlane corre perigo de vida após ter regressado a Moçambique, mas também reconhece que o político a nada teme.
“Eu diria que sim, corre perigo de vida. O modus operandi da Frelimo é de ameaça ou da coação, ou da coabitação política através de benefícios. Portanto, Venâncio Mondlane já mostrou que não tem medo, confronta assertivamente o poder, e já demonstrou que não capturável economicamente e que a sua motivação não é o dinheiro, mas o orgulho” disse num podcast do Público.
Segundo Feijó, é crucial que a Frelimo, se quiser governar como pretende, sente em mesa de diálogo com Venâncio Mondlane. Até então, para o investigador, não passam de teatros as “conversações” entre o Presidente da República, Filipe Nyusi e lideranças de partidos políticos com assento no parlamento.
“O país, hoje em dia, está desgovernado. As próprias autoridades do Governo são vítimas desta governação. Polícias não estão nas ruas porque têm medo da população. O próximo Governo tem de parar com esta cegueira política e perceber que não vai conseguir governar sem negociar com Venâncio Mondlane” alertou.
As manifestações pós-eleitorais em Moçambique ocorrem desde 21 de Outubro, e têm sido convocadas pelo político Venâncio Mondlane, que reclama vitória nas Eleições Gerais de 9 de Outubro de 2024.
Depois de dois meses e meio fora do país, este sábado Mondlane convocou paralisações e manifestações de três dias contra a tomada de posse de novos deputados da Assembleia da República e do Presidente da República.
Deixe uma resposta