Países da SADC podem ficar sem energia eléctrica da HCB

Países da SADC podem ficar sem energia eléctrica da HCB

Alguns países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) poderão restrições de fornecimento de energia eléctrica da Hidroeléctrica de Cahora Bassa.

A possibilidade de ocorrência de restrições se deve ao baixo nível de armazenamento de água na barragem de Cahora Bassa que afecta a produção normal de energia eléctrica.

De acordo com o Chefe do Departamento de Gestão de Recursos Hídricos no Ministério das Obras Públicas indica que os níveis de armazenamento de água na barragem estão em 20% contra os cerca de 70% que se registavam nos anos anteriores.

Citado pela Rádio Moçambique, Agostinho Vilanculo explicou que com os actuais níveis de armazenamento fica reduzida a capacidade de produção de energia eléctrica em quantidade suficiente para alimentar o país e fornecer a região.

“A situação similar acorre nas barragens a montante. Esta água é muito pouca para a satisfazer [as necessidades]. Temos a indicação que eles já não estão a turbinar. Estão com restrições muito elevadas, acima dos 80% de níveis de restrição de produção de energia” disse.

Ele disse, entretanto, que ainda não se está numa crise energética.

“Ainda não estimamos, mas se chagarmos numa situação de crise energética vai afectar toda a região. Sabemos muito bem que Moçambique exporta para energia para vários países” disse.

A fonte adiantou que se deverá esperar pelo fim da época chuvosa “para apresentar dados mais sistematizados”.

Por outro lado, notou, se a situação prevalecer, se incorre o risco de restrição no fornecimento de água.

“É uma situação que nos preocupa bastante e não temos previsão de grandes chuvas nos próximos tempos. Pelo menos nos próximos 15 dias naquela região” adiantou.

Actualmente a barragem está a receber cerca de 800 metros cúbicos de água por segundo, mas para a satisfação das necessidades são necessários pelo menos 1500 metros de água por segundo.

“Não está a chover. É uma situação que preocupa” vincou.

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