A anulação das eleições é a saída para acabar com as manifestações de acordo com os partidos Renamo, Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e Nova Democracia (ND).
Segundo a Secretária-Geral da Renamo, Clementina Bomba, o país nunca realizou eleições livres, justas e transparentes e que se assistiu no dia 9 foi um crime à democracia.
“Nós, como Renamo, olhamos como saída a anulação destas eleições, porque não temos como aceitar os resultados, não temos como aceitar aquilo que aconteceu no dia 9. Foi um crime para a democracia, um atentado contra a paz em Moçambique” disse.
Ela falava num encontro promovido pela organização da sociedade civil, Sala da Paz, que reuniu partidos políticos, com excepção da Frelimo, entre os mais destacados.
Na ocasião, o Presidente do MDM, Lutero Simango, que já tinha partilhado essa proposta, disse que não se deve aceitar resultados falsos.
“Não se pode aceitar resultados que reflectem a vontade dos eleitores. Assim, resta a anulação das eleições e a sua repetição” disse, descartando uma tentativa de recontagem de votos das cerca de 26 mil mesas de votação.
O Presidente da ND, Salomão Muchanga, disse que o CC deve ponderar os resultados considerando que a Comissão Nacional de Eleições e o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral “formam o sindicato de crime”.
“Neste momento, a CNE já devia ter pedido desculpas ao povo moçambicano e produzir uma demissão colectiva”.
Na pessoa do seu Presidente, Albino Forquilha, o Podemos, advogou a justiça eleitoral.
“O problema fundamental é mesmo a sonegação da democracia, a fraude eleitoral que aconteceu. Temos de saber quem efectivamente planifica, organiza, operacionaliza a fraude eleitoral, porque se não conhecermos o responsável, vamos pegar em qualquer um e responsabilizá-lo por um problema que não sabe” disse.
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