Venâncio Mondlane, líder das manifestações que ocorrem em todo o país, em protestos aos resultados eleitorais, reiterou que está aberto ao diálogo, entretanto ainda não foi contactado pela Frelimo para o efeito.
“Nos já adiantamos dos temas que podem ser agenda para mesa de dialogo, infelizmente ainda não vi uma reação consiste e pública da Frelimo relativamente a questões muito concretas do dialogo, nós já avançamos algumas”, explicou Mondlane, na noite de ontem, durante uma entrevista concedida à RTP.
Sobre a abordagem do Presidente da República, Filipe Nyusi, de querer dialogar depois da divulgação da decisão do Conselho Constitucional, Mondlane considerou a de “totalmente triste e infeliz”.
“Esta é uma narrativa que a Frelimo utilizou nos últimos 30 anos porque sabe muito bem que o único espaço privilegiado que qualquer protestante tem é no período que está entre a votação e a programação dos resultados. É neste período que é possível fazer alguma alteração dos resultados falsificados ou de reposição dos números que foram anunciados”, justificou.
Sobre a sua ausência no dia 07 de Novembro, naquela que foi o culminar de uma das etapas que se aguardou com uma enorme expectativa, justificou que a mesma deveu-se ao pedido popular.
“Eu recebi uma sentença popular, digamos assim que eu não devia me mover do lugar onde eu estava. Isto foi o povo que clamou para que eu não fosse a Moçambique”, disse.
Ainda durante a mesma entrevista, Mondlane deixou claro a vontade de voltar a Moçambique e poder fazer parte da quarta etapa das manifestações, que, segundo ele, será a última. “ Oportunamente eu vou anunciar a data exata em que eu vou rumar a Mocambique”, revelou.
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