A Associação Nacional dos Enfermeiros de Moçambique alertou, hoje, a possibilidade de os profissionais entrarem em greve em repúdio à gestão da actual direcção da Ordem dos Enfermeiros de Moçambique, que exerce funções fora do mandato, desde 2021.

Segundo o Presidente da Associação Nacional dos Enfermeiros, Raul Piloto, a actual gestão da Ordem comete inúmeras irregularidades em prejuízo da classe.

Disse que na ordem já não houve eleições para a escolha do novo corpo directivo desde a tomada de posse da actual a 02 de Agosto de 2017. Cada mandato deve durar quatro anos.

“Essa situação é vista como um verdadeiro golpe na organização que deveria ser um espaço de representação e defesa dos enfermeiros moçambicano”, disse, vincando que o exercício fora do mandato “fere os princípios democráticos e compromete a legalidade e a integridade da governança actual na ordem”.

Referiu que perante a situação, a classe se vê obrigada a optar por acções mais contundentes, “como é o caso de uma greve de escala nacional se a direcção da ordem continuar a adoptar práticas que ataquem a legitimidade e direitos dos enfermeiros”.

Notou que o aviso pode se materializar caso sejam o penalizados os enfermeiros sob alegações de irregularidades.

“Esta greve seria uma forma de falta de transparência e injustiça que permeiam a actual gestão”, disse.

Cerca de três mil enfermeiros estão inscritos na associação e cerca de 19 mil enfermeiros estão registados na base de dados do Ministério da Saúde.