As missões internacionais de observadores eleitorais em Moçambique descreveram as eleições gerais em Moçambique como tendo decorrido em clima de irregularidades, apesar de, no geral, terem sido pacíficas.
Eleitores forma intimidados a votar e a falta de transparência da divulgação dos resultados, segundo o ex-primeiro-ministro do Chade Succés Masra.
“Estes problemas levantam questões sobre a confiança do público no processo e a independência das instituições”, referiu.
Masra apelou à Comissão Nacional de Eleições e ao Governo para assegurarem uma contagem justa dos votos, transparente, precisa e antepada, “para que a vontade democrática dos eleitores moçambicanos seja respeitada”.
Por seu turno, Daniel Twinig, do Instituto Republicano Internacional (IRI) criticou o tempo que se demora para a contagem dos votos e anúncio dos resultados, tendo recomendado a sua redução.
Disse ser demasiado tempo ter de ser esperar até 15 dias para se divulgar os resultados das eleições presidenciais.
“Isto é muito tempo e pode enfraquecer a confiança da população”, disse.
E a Missão da União Europeia, através da representante, Laura Ballarín, disse as eleições foram pacíficas, mas foram registados casos em que as contagens dos votos foram lentas e desorganizadas em demasiadamente prolongados.
“Houve falta de clareza e integridade em alguns casos. Houve conjunto de boletins de voto dobrados em dez mesas de apuramento observadas, indicando um possível enchimento das urnas. Em 1/3 das mesas observadas não houve reconciliação dos números constantes dos editais. Consideramos importante que a Comissão Nacional de Eleições publique online todos os editais originais das mesas de voto para o acesso de todas as pessoas e actores políticos esta informação”, referiu.
Ballarín apontou ainda que, os cadernos eleitorais também foram alvos de desconfiança no dia da votação.
“A falta de confiança na fiabilidade dos cadernos eleitorais foi notória, uma vez que, em várias províncias, estes reflectiram um número de eleitores superior ao da população total em idade de voto apurado no censo nacional”, disse.
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