Desde que Moçambique se conhece como república independente, a figura de Presidente da República ocupou, em simultâneo, o cargo de presidente de um partido, no caso, a Frelimo.
Este facto parece configurar o desrespeito pela Constituição da República de Moçambique e foi colocado em debate na hasta pública.
O partido em causa já teve conhecimento da inquietação e, na terça-feira, a porta-voz, Ludimila Maguni, disse que se trata de um assunto que carece de análise.
“Se há algo que está sendo colocado encima da mesa, não podemos descurar a sua análise, e, poderemos, eventualmente, aprofundar a questão”, disse a jornalistas após uma sessão do Comité Central, a sede do partido.
De acordo com Maguni, a análise vai exigir da Frelimo a reverificação da Constituição da República e dos estatutos do partido para se optar pela melhor decisão.
Entretanto, a porta-vos notou que o debate sobre a incompatibilidade de cargo de PR e presidente de partido é sempre ressuscitada em períodos eleitorais.
“Todos os presidentes da Frelimo foram, até hoje, presidentes da República, nestes processos democráticos…. entretanto é uma análise que se pode aprofundar”, referiu.
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