O Ministério da Economia e Finanças encomendou um estudo à Green Light que atestou, preliminarmente, a existência de capacidade agrícola no território nacional para se produzir biocombustível para o consumo interno que justifique a redução da importação.
O trabalho foi realizado no âmbito das medidas do Pacote de Aceleração Económica (PAE) que recomenda a mistura de biocombustíveis produzidos localmente (biodiesel e bioetanol) em combustíveis líquidos importados para consumo doméstico.
Os resultados do estudo foram apresentados na semana passada, em Maputo, e foram destacadas várias culturas produzidas no país como a mandioca o caju, o milho, a batata-doce, a cana-de-açúcar e o milheto, para a produção de bioetanol, e o algodão, o coco, a palma e a mamona (rícino), para a produção de biodiesel.
“Em termos de custos de produção de biocombustíveis, o estudo descobriu que a cana-de-açúcar exigiria entre 1,42 e 1,04 USD por litro, enquanto a mandioca custaria entre 1,76 e 1,21 dólares por litro. Para implementar efetivamente a obrigação de misturar biocombustíveis em combustíveis líquidos, o país deve ter uma estratégia de produção de biocombustíveis, infraestrutura de transporte, logística de biocombustíveis em terminais de distribuição e adaptação de bombas de combustível e veículos”, disse um representante da Green Light, Víctor Matavel.
O maior obstáculo é o preço do biocombustível, que é mais alto que o dos combustíveis líquidos importados, o que pode reduzir a utilidade do estudo.
Houve uma série de estudos sobre o potencial de produção de biocombustíveis em Moçambique, mas nenhum deles se mostrou viável.
O estudo final, que ainda está sendo realizado e ainda não tem data para ser apresentado ao público, é financiado pela Corporação Financeira Internacional (IFC), membro do Grupo Banco Mundial. (Fonte: AIM)
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