A TotalEnergies lidera o consórcio do projecto para a exploração de gás natural liquefeito na Área 4, da bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado. O mesmo está avaliado em mais de 20 mil milhões de dólares.
Um ataque terrorista na vila de Palma, arredores da zona de operação, em Março de 2021, obrigou a multinacional francesa a decretar Força-Maior. Suspendeu as actividades e retirou pessoal.
Em 2022 reactivaram-se as esperanças de reinício das actividades à medida que a situação de ataques terroristas era controlada pelas forças de defesa nacional e seus aliados.
Até novas informações, as incertezas sobre a segurança constituíam o principal imbróglio para a TotalEnergies regressar, de uma vez por todas, a Palma. Contudo, como revelou esta semana o semanário Savana, existe uma questão financeira que pode estar a encavilhar o avanço da TotalEnergies.
Na publicação da sexta-feira (09), o jornal refere que o consórcio liderado pela francesa já mobilizou o empréstimo de 15,5 mil milhões de dólares, junto de várias instituições de crédito à exportação. Esse grupo inclui o US-EXIM (EXIM Bank norte-americano), que ainda não desembolsou cerca cinco mil milhões de dólares do valor total do projecto.
Na verdade, “o desembolso” da agência norte-americana “ainda não foi garantido, uma das razões de fundo para atrasos no reinício do projecto”, escreve.
Todos os financiamentos carecem de reconfirmação devido aos acontecimentos relacionados com o ataque a Palma, em Março de 2021.
Para o caso do US-EXIM o desembolso já foi aprovado pelo “board”, mas não tem as assinaturas finais devido ao período eleitoral nos Estados Unidos da América e as questões ambientais sobre a exploração de combustíveis fósseis.
Uma decisão favorável do US-EXIM pode fazer cair o cepticismo de outros financiadores, refere. (Imagem: DR)
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