O Presidente da República, Filipe Nyusi, defendeu, esta quinta-feira, no Niassa, que o combate às drogas em Moçambique exige uma cooperação com outros países.
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De acordo com Nyusi, o consumo de drogas prejudica as famílias e a economia do país, provocando o fraco desenvolvimento. Os jovens entre 21 e 30 anos de idade são os maiores consumidores de drogas, referiu.
“O cenário deixa a camada jovem vulnerável, porquanto concorre para a adopção de comportamentos antissociais que perigam a saúde física e mental. Por isso, demanda a intervenção de diversos actores”, disse.
O Presidente da República falava na inauguração do edifício do Tribunal Judicial Provincial do Niassa, uma infraestrutura que custou 256 milhões de meticais.
Refere o Notícias que as estatísticas do Tribunal Supremo demonstram que o tráfico e consumo de drogas pesadas em Moçambique tende a aumentar. Em 2021, foram lavrados 491 processos contra narcotraficantes. Em 2022, o número subiu para 659, e 964 no ano seguinte.
O tráfico internacional de drogas levou à detenção de moçambicanos em Angola, Índia, Catar, China, Etiópia, Tailândia, Portugal, Brasil e Zâmbia.
O ano de 2024 iniciou com a apreensão de 472 kg de heroína, na Ilha de Moçambique, e 430 de metanfetamina, na província de Inhambane, segundo o Presidente do Tribunal Supremo, Adelino Muchanga.
Naquela ocasião, o PR instou ao governo de Niassa para reforçar o controlo das fronteiras terrestre e fluvial com a Tanzânia e o Maláui, que podem tornar a província em um corredor para fornecer drogas a países da região e resto do mundo.
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