Jovens entre 21 e 35 anos lideram internamentos de saúde mental por consumo de drogas

Jovens entre 21 e 35 anos lideram internamentos de saúde mental por consumo de drogas

Jovens dos 21 aos 35 anos de idade lideram o gráfico de procura e internamentos em unidades de saúde mental devido ao consumo de diversos tipos de drogas no país, de acordo com o relatório Anual Sobre a Evolução do Consumo e Tráfico Ilícitos de Drogas Registada no País, no ano de 2023, apresentado na quinta-feira, em Maputo.

O documento do Gabinete Central de Prevenção e Combate à Droga, a que tivemos acesso, indica que, no ano passado, foram registados 13,589 casos de procura por cuidados de saúde mental em Moçambique.  O número representa um decréscimo de 10% se comparado com o ano de 2022, quando foram contabilizados 15,122 casos de atendimentos a pessoas com perturbações mentais e de comportamento (PMC), decorrente do consumo de substâncias psicoactivas.

“Relativamente à distribuição etária dos pacientes que procuraram os serviços para tratamento da toxicodependência os dados demonstram que a predominância é para pacientes no intervalo de idade entre os 21 e os 35 anos, com maior ênfase na faixa dos 26 aos 30 anos. Por outro lado, as PMC’s decorrentes do consumo das canabinóides são mais predominantes na faixa dos 21 aos 25 anos”, lê-se.

No geral, em 2023, os casos de consultas externas em serviços de saúde mental pelo uso e consumo de drogas evoluíram 30%.  Os dados demonstram que houve um aumento de 100% de casos de indivíduos do sexo masculino. Em 2023, houve 10,316 consultas externas contra 5002, em 2022. Já, para casos de indivíduos do sexo feminino registou-se um decréscimo de 60,7%. Em 2023, foram contabilizados 3,273 casos, contra 5,392 casos, em 2022.

Em relação aos internamentos, verificou-se um decréscimo numa média de 38%, com ênfase para o sexo feminino. O uso e consumo de substâncias psicotrópicas levou ao internamento de 2,305 indivíduos do sexo masculino, em 2023, contra 1,953 indivíduos, em 2022. Em indivíduos do sexo feminino registou-se um decréscimo de 22,2%. Em 2023, foram contabilizados 617 casos, contra 2.775 casos, em 2022.

Entre as principais causas de procura de serviços de saúde mental estão o consumo de canabinóides (1,096 casos), álcool (4,834 casos) e múltiplas substâncias (5,466 casos). A cidade de Maputo lidera o ranking de províncias onde foram registadas maiores ocorrências.

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