Estudante do ISCTEM cria braceletes sensoriais para pessoas com deficiências visuais

Estudante do ISCTEM cria braceletes sensoriais para pessoas com deficiências visuais

Uma solução inovadora que promete auxiliar pessoas com deficiência visual na sua locomoção é trazida por Yone Saranga, uma estudante de Engenharia Informática no Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique (ISCTEM), em Maputo.

Ela inventou um bracelete sensorial capaz de detectar obstáculos por onde os utilizadores estiverem a caminhar.

Ela concebe o bracelete como um “amigo inteligente” ou “cão-guia” que apoio o seu “dono” numa caminhada segura, alertando-o quando chega o momento de desviar ou esquivar-se de um obstáculo.

“Os sensores nele instalados permitem alertar quando se está diante de um obstáculo e conduzir o utente para caminhos seguros”, explicou Saranga, citada pelo Notícias.

O protótipo foi produzido usando o esqueleto do relógio ou pulseira, acoplado a uma série de circuitos, sensores ultra-sónicos, baterias e vibradores.

A inovadora conta que a ideia de produzir o aparelho electrónico surgiu de uma situação em que um deficiente visual ia atravessar a estrada e mesmo tendo prioridade esteve prestes a ser atropelado por um condutor distraído, sem que tivesse oportunidade de ter alguma reacção.

“Foi assim que pensei no que poderia fazer para evitar que tal evento ocorresse. Confesso que não foi fácil produzir o aparelho e as dificuldades agudizaram-se, principalmente, pelas limitações na aquisição do material necessário para compor a pulseira. Mesmo assim, foi interessante tirar a minha ideia do papel para a prática”, disse Saranga.

A estudante de 17 anos de idade já equaciona montar uma empresa que se dedica à produção de braceletes sensoriais e ajudar mais moçambicanos com deficiência visual a ultrapassarem as barreiras enfrentadas por este grupo de pessoas.

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