A Procuradora – Geral da República (PGR), Beatriz Buchili, disse, hoje, em Maputo, que as organizações internacionais de tráfico de drogas têm países lusófonos nos seus mapas de distribuição de cocaína, e defende um combate colectivo.
“O relatório do escritório global das nações unidas sobre droga e crime refere que as organizações criminosas estão a colocar certos países lusófonos em suas rotas de transporte de distribuição da cocaína, como mercados de consumo emergentes”, referiu.
Ela notou que em Moçambique, o crime de tráfico de droga apresenta-se como uma das fontes de financiamento ao terrorismo, o que também pode afectar outos países da lusofonia.
“Para o caso de Moçambique, por exemplo, as experiências demonstram que o fenómeno representa um das fontes de financiamento ao terrorismo, não estando outros países das CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa] imunes”, alertou.
A responsável defende uma abordagem conjunta entre as nações lusófonas através das entidades competentes para o combate desse tipo de crimes.
“Esta realidade representa uma ameaça global em evolução e o seu carácter transnacional exige uma abordagem colectiva, não só no seio das nações unidas como também nos países da CPLP e sobretudo ao nível dos ministérios públicos e polícias de investigação criminal no desempenho das suas competências de investigação, instrução e exercício da acção penal”, disse.
Beatriz Buchili falava no Encontro dos Procuradores-Gerais da República, Directores de Polícia e Serviços de Investigação Criminal da CPLP, que se realiza até amanhã, sob o lema “Fortalecendo o Judiciário no Combate à Droga”.
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