O Director do Centro para Democracia e Direitos Humanos, Adriano Nuvunga, disse, hoje, em Maputo, que retirar a vida de um jornalista, como o profissional amante da verdade, é o mesmo que atentar contra a sociedade.
Falando à margem da marcha organizada pelo MISA Moçambique, Nuvunga referiu que não somente os jornalistas se estavam a manifestar pela liberdade de imprensa.
“Não somente isso. É mesmo para manifestar, primeiro, como classe, como jornalistas, porque mataram um jornalista. Matar um jornalista é disparar contra a sociedade”, disse.
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Ele referiu que a presença dos “amantes da liberdade de expressão e direitos humanos”, tinha como pano de fundo a demonstração do seu descontentamento pelo assassinato “bárbaro e macabro” de João Chamusse.
Ele criticou a justificação da Polícia da República de Moçambique por afirmar que Chamusse foi assassinado devido a poluição sonora.
“Ninguém, compra essa ideia porque desapareceram bens de trabalho do jornalista assassinado, como laptop, telemóveis”, disse. Mas também, ele questiona o facto de a tramitação para o enterro de Chamusse ter ocorrido com brevidade.
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“Num Estado de Direito, onde se respeita o jornalista, hoje ainda se estaria a fazer as investigações. A forma tão rápida com que se fez [o enterro] dá a ideia de que o poder em Moçambique sabe muito bem quem assassinou Chamusse [e não o indivíduo ora detido]”, referiu.
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