A empresa Petróleos de Moçambique (Petromoc) tem em curso três projectos de reactivação de tanques de armazenamento de combustíveis em Cabo Delgado (Pemba), Nampula (Nacala) e província de Maputo (Matola), para gerir, por mais tempo, as oscilações de preços no mercado internacional.
De acordo com o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Petromoc, Hélder Chambisse, o tanque de Pemba mais do que duplicou a sua capacidade; o de Nacala está a ser modernizado; e os três tanques da Matola vão permitir o armazenamento de 140 milhões de litros de combustíveis.
“A Petromoc tem em curso três projectos, um que contempla o aumento da capacidade no terminal de Pemba. Contamos reinaugurar o terminal de Pemba no primeiro semestre do próximo ano. Mais do que duplicámos a capacidade, de sete mil para 17 mil [litros]. Estamos a investir no terminal de Nacala, para modernizar o terminal em termos de processamento, manuseamento, recepção e entrega de combustível. E, depois, o mais importante é o investimento que estamos a fazer no terminal da Matola. Contamos fazer, a partir de finais deste ano, a reoperacionalização de três tanques que nós temos, que estão inoperacionais desde a década ‘80’. Só estes três tanques irão permitir repor 140 milhões de litros em termos de capacidade”, revelou.
As informações foram hoje avançadas durante uma entrevista à Televisão de Moçambique, em Ricatlha, Marracuene, onde decorre a 58ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM).
Referiu, entretanto, que esse aumento de capacidade vai permitir que Moçambique seja um polo de reserva e trânsito de combustíveis para os países do interland, sem prejudicar o abastecimento interno.
“Permite, não só gerir o fornecimento ao mercado interno, mas também das empresas congéneres, essencialmente o trânsito de combustíveis para o interland, sem comprometer, obviamente, o mercado nacional. Esses três projectos vão permitir gerir essa quantidade de combustíveis sem gerir nenhum constrangimento do fornecimento local, e depois permitir, também, gerir a oscilação de preços”, considerou.
Recordou os desafios por quais Moçambique passou para manter estáveis os preços de combustíveis enquanto prevalecia a volatilidade de preços no mercado internacional. “Ainda assim, foi um marco importante garantir os produtos sem deixar que houvesse ruptura de stock.”
Ele disse que actualmente o foco da empresa é priorizar a expansão de infraestruturas de abastecimento, porque jogam um papel fundamental na gestão de reservas estratégicas de combustível no país.
Ele explicou que a Petromoc tem, essencialmente, os objectivos de assegurar a disponibilidade produtos petrolíferos ao mercado e rentabilizar as suas operações com a expansão de postos de abastecimento.
“Sendo uma empresa participada pelo Estado joga também um papel importante no que nós chamamos de objectivo geográfico. O Governo vem implementando o programa de incentivo geográfico, através do FUNAE [Fundo de Energia], que contempla a construção de postos de abastecimento em zonas remotas. Actualmente, a Petromoc fornece a 110 postos de abastecimento, no âmbito do incentivo geográfico do FUNAE. Ao longo o país, a Petromoc tem um total de 2020 postos de abastecimento de combustíveis”, notou.
Deixe uma resposta