Presidenciais de 2024: Mamã Graça Machel em colisão com Celso Correia. Em reunião secreta com ONGs contratou um jornalista para atacar o Ministro

Presidenciais de 2024: Mamã Graça Machel em colisão com Celso Correia. Em reunião secreta com ONGs contratou um jornalista para atacar o Ministro

Parece ser de domínio público que a antiga primeira-dama da República Popular de Moçambique (1975/86), Graça Machel, que também desempenhou o mesmo papel na África do Sul ao se casar com o então presidente Nelson Mandela (1994/99), não ‘obsorve’ o Ministro da Agricultura, Celso Correia, tratado por alguns como o “Delfim” do actual Presidente da República, Filipe Nyusi.

Ambos protagonistas são membros do partido Frelimo, que agora se debate para escolher o novo candidato para as eleições presidenciais de 2024, enquanto se cogita o terceiro mandato para Nyusi.

Segundo avança o Africa Intelligence, Graça Machel e o Ministro Correia já lavaram roupa suja em público. E, o Ministro parece ser um candidato elegível para as presidenciais do próximo ano. “O candidato deve ser nomeado dentro de poucos meses”.

Segundo a fonte, numa reunião secreta, Graça Machel contratou o jornalista Boaventura Mucipo para fazer oposição a Celso Correia. O jornalista, que agora vai trabalhar como assessor de Graça Machel, trabalhou no grupo Soico por dezassete anos. Abandonou a casa este ano.

A relação entre Machel e Correia tem vindo a deteriorar-se rapidamente, culminando com a viagem de Março à sede da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em Roma. Durante a visita, Correia disse à imprensa que Moçambique não tinha problemas de abastecimento alimentar, porque 90% dos seus habitantes tinham acesso a três refeições por dia. A Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), da qual Machel é presidente, reagiu com um comunicado de imprensa questionando a exactidão da informação.

A reunião Secreta

Duas semanas mais tarde, o Ministério organizou uma conferência de imprensa durante a qual criticou duramente a FDC. Machel, que não é fã de Correia nem do Presidente Filipe Nyusi, organizou uma reunião secreta a 29 de Março para preparar a sua retaliação.

Nessa reunião estiveram presentes muitos ‘VIPs’ da sociedade civil: Adriano Nuvunga (Centro para Democracia e Desenvolvimento), Paula Monjane (Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil), João Mosca (Observatório do Meio Rural) e Edson Cortez (Centro de Integridade Pública). Machel convidou três jornalistas – o já referido Boaventura Mucipo, Fernando Lima (Zitamar News) e Borges Nhamirre (Bloomberg) – e decidiu contratar Mucipo após o encontro. Ele também trabalha para a Mapiko Comunicações, uma agência de relações públicas dirigida por Jeremias Langa e Ericino de Salema. A agência já trabalhou com muitos políticos em Moçambique, como o Ministro das Obras Públicas Carlos Mesquita e a Ministra da Educação Carmelita Namashulua, escreve a fonte.

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