O advogado Alexandre Chivale, que foi afastado do julgamento das Dívidas Ocultas quando representava alguns dos réus, volta a actuar e, desta vez, a prestar assistência ao ex-Ministro das Finanças Manuel Chang.
O jornal Canal de Moçambique refere que o próprio advogado Chivale confirmou, sem muitos detalhes, a informação sobre a sua integração no grupo de advogados de Manuel Chang. Mas, por outro lado, prestou esclarecimentos valiosos sobre o processo em causa.
Ele disse ao jornal que a justiça americana não está à procura de Manuel Chang por causa da Dívidas Ocultas, mas pela defraudação a investidores norte-americano que compraram títulos da dívida da Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM).
“Um grupo de investidores comprou os títulos da dívida e não foram pagos no momento em que deviam e apresentaram uma queixa ao tribunal”, esclareceu, frisando que o caso “não tem a ver com as Dívidas Ocultas”.
Ele avançou que o pedido de anulação do julgamento de Chang à Justiça norte-americana não resulta da decisão tomada pela Justiça sul-africana. Disse que a submissão do requerimento é o culminar de um processo que iniciou em Outubro de 2022.
A expectativa, segundo Chivale, é que o processo movido contra Manuel Chang tenha o mesmo veredicto aplicado a Jean Boustani.
“Da avaliação que fizemos, as acusações são as mesmas e as circunstâncias também. O caso de Manuel Chang é exactamente igual. Ele assinou as garantias, mas quem converteu os títulos e os colocou no mercado e os negociou com os investidores americanos é o actual Governo”, revelou.
Em tudo isto, Manuel Chang, querendo, pode “aceitar as acusações e chegar a um acordo com a Justiça e passar a ser colaborador dos americanos, ou rejeitá-las e ir a julgamento, tal como fez Jean Boustani”.
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