Banco de Moçambique poderá utilizar inteligência artificial para controles de casas-fortes e criar centros privados de processamento de dinheiro

Banco de Moçambique poderá utilizar inteligência artificial para controles de casas-fortes e criar centros privados de processamento de dinheiro

O uso de Inteligência Artificial pode ser um recurso a ser adoptado pelo Banco de Moçambique (BM) para conferir maior segurança as suas casas-fortes, avançou, hoje, o Governador do Banco Central.

Rogério Zandamela falava na Ilha de Moçambique, província de Nampula, durante a IV reunião com os Directores de filiais de todo o país. O encontro tem por objectivo avaliar estratégias de monitoria de casas-fortes, no âmbito da segurança de todas as unidades orgânicas do banco.

Outra estratégia para o aperfeiçoamento da segurança das casas-fortes prende-se com a selecção e contratação de colaboradores do banco.

“No que se refere à segurança, apontamos a necessidade de identificar soluções adequadas para a monitoria das casas-fortes. A filial sem casa-forte não é filial, é como um banco central sem casa-forte, não sabe onde pôr o seu dinheiro. E essas soluções adequadas incluem o recurso à inteligência artificial e também sensibilizar os trabalhadores para melhorar a componente de segurança e a necessidade de melhorar o processo de selecção e recrutamento de novos trabalhadores, incluindo das empresas que prestam serviços ao banco de Moçambique”, argumentou Rogério Zandamela, citado pela Rádio Moçambique.

Por outro lado, o banco central está a avaliar as possíveis vantagens e requisitos necessários para a criação de centros privados de processamento de dinheiro.

“Não temos ainda em Moçambique, mas temos em muitos países, incluindo alguns dos nossos vizinhos, até que ponto podemos abrir esta área de processamento de numerários que seja sob gestão de actividades privadas de outros parceiros que não seja exclusivo domínio do Banco de Moçambique. Essa é a ideia. Há uma reflexão que está sendo feita”, frisou.

Rogério Zandamela recomenda a revisão do regulamento de contratação de colaboradores de modo a envolver os vários serviços da instituição no âmbito da descentralização de competências para a maior flexibilidade e transparência do processo.

As anteriores reuniões entre o Governador do BM e os directores das filiais decorreram em Pemba (Cabo Delgado), 2019; Vilankulo (Inhambane), 2021; e Tete (Tete), 2022.

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