A Associação Médica de Moçambique (AMM) anunciou, esta terça-feira, as directrizes da terceira greve nacional da classe, como forma de demonstrar a sua insatisfação pelos novos salários enquadrados na Tabela Salarial Única (TSU).
A AMM anunciou, na semana passada, parte da agenda de uma greve geral convocada pela classe médica. Em documento, os médicos disserem que a greve vai iniciar no próximo dia 07 e será de 21 dias prorrogáveis.
O mais recente comunicado da classe que chegou à redacção do MZNews detalha que os médicos vão suspender todos os serviços de saúde pública; ensino em centros de formação, institutos e universidades; tutoria e supervisão de estagiários nas unidades sanitárias; consultas externas incluindo as de atendimento especial; cirurgias electivas; e exames de diagnóstico de carácter electivo.
No entanto, o comunicado da AMM pondera assegurar serviços mínimos, devendo “os médicos de cada sector elaborar escalas que assegurem a sua prestação”.
Assim, prevê a continuidade de serviços de urgência e reanimação de adultos e pediátricos; urgências de ginecologia e salas de partos; blocos operatórios de urgências; serviços de internamento; e serviços de imagiologia.
O documento também estabelece a escala que deve ser seguida pelos médicos durante a greve em todo o país. Por outro lado, entre outras regras, determina que durante a greve, os médicos dos sectores abrangidos pela medida não devem fazer-se aos locais de trabalho, incluindo os não escalados para prestar qualquer tipo de apoio.
A AMM fundamenta as decisões com o facto de o Governo, há vários anos, manter uma postura de incumprimento da maior parte dos direitos constantes no Estatuto do Médico na Administração Pública e seu respectivo regulamento.
“Neste ano, a AMM solicitou a intervenção do Provedor da Justiça, porém o Ministério da Saúde (MISAU) e o da Economia e Finanças (MEF) sempre têm usado de subterfúgios para não cumprirem com a lei”, lê-se.
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