Governo afasta a hipótese de subsidiar às gasolineiras

Governo afasta a hipótese de subsidiar às gasolineiras

O Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, considera que a política de subsídios implementada pelo governo não tem sido eficaz por não atingir as populações carenciadas.

De acordo com o governante, o subsidio às moageiras, bem como `a AMOPAO (Associação Moçambicana de Panificadores), por exemplo, não atinge realmente `as populações carenciadas.

Estes dois mecanismos mostram-se ineficazes porque o subsídio não chega `as populações carenciadas, principal objectivo do mesmo (subsídio), disse Maleiane.

Vale a pena lembrar que há pouco mais de um mês o governo retirou o subsidio ao pão.
No que se refere aos combustíveis, o governo tem compensado o preço de combustível as gasolineiras e subsidiado os transportadores.

Entretanto, segundo Maleiane, esta forma não é económica e financeiramente sustentável. Ao se fixar o preço abaixo do seu valor de mercado, faz com que o Estado subsidie indiscriminadamente, desvirtuando o objectivo principal do subsídio e estimulando que pessoas e empresas de países vizinhos se aproveitem dos preços para aquisição, em grandes quantidades, para revenda nos seus países de origem, explicou o ministro, citado pela agência de Informação de Moçambique.

O titular da pasta de Economia e Finanças acrescentou que, como consequência deste subsídio, os níveis de consumo de combustível eram altos, mantendo os custos de importação de combustível elevados e com reflexos negativos na nossa conta de transações correntes.

Segundo o ministro, em 2004, o país despendeu mil milhões de dólares. Em 2015, a fatura foi de 850 milhões, e 507 milhões de dólares em 2016, piorando o défice da conta de transacções corrente do país.

De referir que o último reajuste de preços de combustíveis foi a 22 de Março último, dando passo significativo para eliminar, de forma gradual, os subsídios generalizados deveras insuportáveis para o governo e às empresas distribuidoras.

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