A consultora Oxford Economics África reviu a previsão de inflacção para Moçambique para 7,3% em 2022, acompanhada por uma subida de preços em 7,8% em Janeiro, o valor mais alto de cinco anos (2017).
A consultora refere que a inflacção registada no mês passado deveu-se, principalmente, ao recente ajustamento no preço dos combustíveis e à continuada inflação dos bens alimentares.
A Oxford Economics África escreve que “a inflação no índice de preços dos consumidores aumentou 1,1 pontos, para 7,8% em Janeiro, quando em Dezembro teve um aumento homólogo de 6,7%”.
A inflacção registou um aumento de 5,7% em 2021, uma forte subida face aos 3,1% registados em 2020, “num contexto de pressões inflacionárias provenientes das subidas dos preços do petróleo e perturbações na cadeia de distribuição, que se intensificaram desde o primeiro semestre do ano passado”.
A Oxford Economics África prevê, assim, “que a inflação e o preço dos transportes potenciem a taxa média para 7,3% em 2022, face à média de 5,7% em 2021”, o que faz com que os analistas prevejam que o banco central aumente a taxa directora em 75 pontos este ano, 50 dos quais já no segundo trimestre.
Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que a inflação homóloga subiu para 7,8% durante o mês de Janeiro em Moçambique.
Segundo os mais recentes relatórios do Banco de Moçambique, os principais riscos que podem influenciar uma subida de preços em Moçambique estão relacionados com os impactos da covid-19, aumento dos preços dos bens alimentares e combustíveis líquidos, a par de constrangimentos na cadeia de fornecimento de bens no mercado internacional.