Permanência das forças da SADC custa mais de USD 29 milhões

O Presidente da República de Moçambique anunciou, esta quarta-feira, que a Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM, na sigla inglesa) vai continuar a combater o terrorismo na província de Cabo Delgado por mais três meses. A operação está orçada em 29,5 milhões de dólares, um valor já aprovado pelos líderes regionais.

“O terrorismo não termina em um mês ou um ano. Naturalmente as actividades contra o terrorismo terão de seguir”, disse Filipe Jacinto Nyusi, falando em Lilongwe, capital do Malawi, à margem do encerramento da cimeira extraordinária da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Ainda de acordo com Nyusi, os líderes regionais garantiram que vão disponibilizar a verba necessária as actividades antes das datas-limites.

O Presidente da República disse ainda que a SADC mantém o seu compromisso em apoiar o combate ao terrorismo em qualquer ponto do país.

No Niassa, província fronteiriça de Cabo Delgado, registaram-se, em Dezembro de 2021 e este ano, ataques terroristas em algumas zonas longínquas, tendo já levado à situação de deslocados cerca de três mil pessoas.

“Se o terrorismo puxa para a direita ou para a esquerda, nós vamos ao encontro do terrorista”, declarou Nyusi, frisando que os rebeldes que “se movimentam para zonas que acham que lhes são favoráveis terão a resposta que merecem”.

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico e ISIS Moçambique.

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