Um estudo indica que mais de metade (60%) das empresas de construção civil e obras públicas registaram uma estabilização da sua actividade durante o terceiro trimestre deste ano, apesar da falta de mão de obra especializada e do aumento dos preços das matérias-primas.
“As avaliações à actividade global das empresas face ao trimestre anterior mantiveram-se no terceiro trimestre em relação aos três meses anteriores”, indica um inquérito à situação do sector realizado pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) e pela Associação de Empresas de Construção e Obras Publicas e Serviços (AECOPS).
De acordo com mesmo inquérito, revela que a percentagem de empresas que registaram uma estabilização da actividade foi de 60%, com o crescimento de um ponto percentual, enquanto 10% registaram uma diminuição (-1% face ao trimestre anterior) e 30% aumentaram a sua actividade (mesma percentagem que no segundo trimestre).
“Nas obras públicas, 73% das empresas apontaram a falta de mão de obra especializada como principal constrangimento, 66% queixaram-se do aumento dos preços das matérias-primas e materiais de construção e 33% identificaram problemas com constrangimentos associados à concorrência excessiva / preços anormalmente baixos”, lê-se no documento.
Não obstante, a falta de mão de obra especializada foi também lamentada pelo segmento das obras privadas, com 79% das empresas a apontarem este como um dos principais constrangimentos.
Contudo, o aumento dos preços de matérias-primas e dos materiais de construção foram considerados um problema para 76% das empresas, enquanto 26% das companhias apontaram a concorrência excessiva e preços demasiados baixos como constrangimentos à actividade.