A Organização da Nações Unidas (ONU) tenciona erradicar a fome em Moçambique e algumas agências no país referem que lidam com factores que contribuem para a insegurança alimentar.
Segundo Hernâni Coelho, representante da ONU em Moçambique, só se poderá acabar com a fome através de acções combinadas e pela integração de políticas humanitárias. E entre outros aspectos a considerar importa intervir ao longo das cadeias de abastecimento de alimentos “para reduzir o custo de transação”.
Coelho falava na sexta-feira no âmbito da celebração do Dia Mundial da Alimentação. Este ano comemorado sob o lema “Nossas acções são o nosso futuro – Melhor produção, melhor nutrição, melhor ambiente e uma vida melhor”.
Por sua vez, a representante do Programa Alimentar Mundial em Moçambique, Antonella Daprille, referiu que os desastres naturais que assolaram o país contribuíram sobremaneira para a carência alimentar.
“Os ciclones e as tempestades atingem comunidades já fustigadas pela seca e praga, destroem as plantações, as infraestruturas, bens e meios de subsistência e podem provocar o deslocamento interno e potenciais conflitos,” indicou.
O chefe da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura elogiou a decisão do governo em alocar pelo menos 10% do Orçamento Geral do Estado para o sector de agricultura.
“A mais valia que a FAO pode trazer a Moçambique são as competências técnicas e conhecimentos de políticas do sector, adquiridos ao longo dos anos que podem contribuir para uma visão holística, realística e sustentável para o desenvolvimento do sector”, disse.
As comemorações da data em Maputo contaram com a realização de acções de agropecuária e de gastronomia com destaque a produtos que promovem uma alimentação nutritiva.