Moderna vai investir 500M de dólares para construir fábrica em África

A Moderna anunciou hoje um investimento de cerca de 500 milhões de dólares para construir uma fábrica de RNA mensageiro (mRNA) de última geração no continente africano. Com isto, o objectivo é produzir até 500 milhões de doses de vacinas anualmente, incluindo as de covid-19 e outras injecções.

O CEO da Moderna disse que se espera fabricar a vacina da covid-19 e de produtos adicionais dentro do “portfólio de vacinas mRNA nestas instalações”.

Em uma entrevista, Stephane Bancel, disse que o objetivo era o de construir uma fábrica comparável à principal unidade de produção da empresa nos Estados Unidos em Norwood, Massachusetts. Será propriedade da Moderna e operada por ela, mas sua equipe será composta principalmente por trabalhadores locais, e não haverá transferência de propriedade intelectual, assegurou.

Um comunicado da empresa refere que o processo de escolha do país e zona onde se vai instalar o centro terá início em breve. No entanto, destaca a estabilidade política, infraestrutura e força de trabalho educada adequada como factores de eleição preponderantes.

A Pfizer Inc. e a parceira BioNTech SE, anunciaram um acordo em Julho para começar a produzir vacinas – cerca de 100 milhões de doses anuais – em uma instalação na Cidade do Cabo, África do Sul

Os outros principais fabricantes de vacinas de mRNA para a Covid-19, a Pfizer Inc. e a parceira BioNTech SE, anunciaram um acordo em Julho para começar a produzir vacinas – cerca de 100 milhões de doses anuais – em uma instalação na Cidade do Cabo, África do Sul.

Os Estados Unidos disseram que apoiariam a Moderna. Mas a ideia enfrentou a oposição das empresas farmacêuticas argumentando que precisam de supervisionar qualquer transferência de tecnologia devido à complexidade do processo de fabrico. Além disso, a Moderna pretendo contratar mão-de-obra local.

A Organização Mundial de Saúde procura persuadir a Moderna e a Pfizer-BioNTech a unir forças com o seu plano para um centro africano de transferência de tecnologia. Mas a Moderna parece não estar muito aberta a isso.

Na quarta-feira, a Suécia e a Dinamarca suspenderam a utilização da vacina da Moderna para grupos etários mais jovens. Isto deveu-se a relatórios de possíveis efeitos secundários cardiovasculares raros e citações de dados de um estudo nórdico não publicado.

Ao contrário da Moderna, que produzirá ingredientes activos do mRNA para vacinas, a Biovac estará focada na etapa final do processo, o envase e embalagem.

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