A garantia foi dada pelo director global do Carvão da Vale, Paulo Couto, durante um encontro com o ministro dos Recursos Minerais e Energia de Moçambique, Max Tonela.
“A Vale assegurou-nos que não quer uma saída precipitada e está a trabalhar por um processo de desinvestimento e por uma solução o menos lesiva possível para os interesses de todas as partes”, adiantou a fonte.
Paulo Couto disse que a empresa está a analisar propostas de seis companhias interessadas em ficar com os activos em Moçambique, na sequência da decisão de desinvestimento que a firma brasileira tomou, no âmbito da aposta na neutralidade em relação aos combustíveis fósseis.
Apesar de estar de saída de Moçambique, a empresa quer deixar uma operação competitiva, estando empenhada em incrementar a sua produção de carvão na província moçambicana de Tete, centro do país, dos atuais 11 milhões de toneladas para 20 milhões de toneladas no próximo ano.
O carvão é um dos principais produtos de exportação de Moçambique e a Vale emprega cerca de 8 000 pessoas, perto de 3 000 trabalhadores próprios e os restantes subcontratados. A Vale justifica a sua saída com o objectivo de ser neutra ao nível das emissões de carbono até 2050 e reduzir algumas das suas principais fontes de poluição daquele tipo até 2030.
Agência Lusa