O aeródromo de Mocímboa da Praia, norte do país, precisa de um novo investimento para voltar a funcionar, após ter sido destruído pelos grupos armados que ocuparam a zona durante 15 meses, anunciou a empresa Aeroportos de Moçambique (ADM).
“Tudo está queimado, tudo está em cinzas”, disse Eduardo Mutereda, director operacional da ADM, em declarações à emissora pública Rádio Moçambique.
Mutereda avançou que o equipamento de controlo de aeronaves foi completamente danificado durante a ocupação da vila de Mocímboa da Praia por rebeldes, em 23 de Março de 2020.
“Estamos a fazer o inventário e vamos fazer um estudo mais pormenorizado sobre as necessidades de um novo investimento”, declarou.
Uma operação conjunta das forças governamentais moçambicanas e ruandesas reconquistou no domingo a estratégica vila portuária de Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado, norte do país.
A vila, que além do porto conta com um aeródromo, estava ocupada pelos rebeldes desde 23 de Março do ano passado, numa ação depois reivindicada pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico.
A reconquista da vila pelas forças conjuntas de Moçambique e Ruanda ocorreu por volta das 11:00 de domingo, após semanas de operações militares, com as forças ruandesas a estimarem, a partir de Kigali, baixas de, pelo menos, 70 pessoas entre os insurgentes.
Agência Lusa