Os profissionais de saúde decidiram, esta quarta-feira (27), suspender a greve por 30 dias. A greve estava prevista para retomar hoje, quinta-feira, mas a classe justifica que houve alcance de alguns consensos com o Governo.
Segundo Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM), que reivindicam as más condições de trabalho, a suspensão resulta das conversações mantidas com o Governo desde o anúncio, no domingo, do regresso à greve e que culminaram com o cumprimento de alguns pontos da reivindicação, entre os quais o enquadramento dos profissionais, visitas de monitorização às unidades hospitalares e a resolução das irregularidades no pagamento de subsídios.
“A Associação dos Profissionais de Saúde e Solidários de Moçambique (APSUSM) teve conhecimento documental de que, neste momento, o Governo adquiriu 400 ambulâncias para todo o País, um ganho para os moçambicanos, não só para os profissionais de saúde; incremento na importação de medicamentos e artigos médicos (luvas, seringas, aventais, máscaras etc). O enquadramento do regime geral esta palpável e foi igualmente provado o início de conversações com parceiros de cooperação para o apoio ao Orçamento do Estado para o enquadramento geral do pessoal do regime”, explicou o porta-voz da agremiação, Anselmo Muchave, durante uma conferência de imprensa.
Muchave acrescentou que: “a direcção da associação decidiu suspender a greve por mais 30 dias”, salientando que “o Executivo já iniciou com o pagamento dos subsídios e horas extras para 60 mil profissionais faltando apenas cinco mil”.
“Os documentos que o Governo mostrou, serão pagas todas as horas extras até possivelmente finais do mês de Abril”, concluiu o porta-voz da APSUSM.
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