Polícia da República de Moçambique (PRM) disparou mortalmente contra, pelo menos, três pessoas, em Ressano Garcia, quando procurava repelir manifestantes que bloquearam a travessia no posto transfronteiriço. Houve várias pessoas feridas.
Entre as vítimas está um jovem que foi atingido por dois tiros pelas constas quando estava a fazer uma transmissão em directo através da plataforma Facebook, onde relatava a acção da PRM que invadiu residências com balas de gás lacrimogénio. A população revelou a sua fúria.
Os manifestantes ripostaram a acção contundente dos agentes da PRM e vandalizaram instituições públicas. O Posto Administrativo foi reduzido a cinza; a residência do Chefe do Posto Administrativo foi incendiada. Pelo menos uma viatura foi igualmente incendiada.
Os manifestantes cumpriam as directrizes emanadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, segundo as quais as fronteiras só devem funcionar até às 12h.
Ainda no escopo dessas acções, o grupo de populares removeu a bandeira de Moçambique da haste e no seu lugar colocou a bandeira do Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos). A referida bandeira carrega a imagem de Venâncio Mondlane – apoiado pelo partido – e as corres da formação política.
A acção contundente da PRM ocorreu no mesmo dia em que o porta-voz do Comando-Geral, Orlando Mudumane, disse que a polícia iria utilizar todos os meios contra os manifestantes.
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