Agente da UIR condena actuação da polícia contra manifestações pacíficas

Agente da UIR condena actuação da polícia contra manifestações pacíficas

Um agente da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) destacado para manter a ordem durante os protestos, na sexta-feira, na cidade de Maputo, não escapou os efeitos do gás lacrimogénio disparado por outros agentes para dispersar a população.

O mesmo, que não quis identificar-se, confirmou que a polícia é quem está, de facto, a provocar os tumultos através da sua actuação.

Ontem, a polícia disparou gás lacrimogénio contra os manifestantes na Avenida Eduardo Mondlane. O agente da UIR lá estava. Depois de lavar o rosto devido ao gás lacrimogénio, lamentou, deplorou e condenou a postura dos seus colegas.

“Isto é desumano. Era o Hino Nacional, apenas. A população não arremessou sequer uma pedra. A polícia chegou e logo lançou. Um agente de trânsito estava ali. Aquele senhor passou mal. Se não fosse o vizinho das bombas que aparecer com balde de água e ajudou o polícia, poderia ter morrido. E depois [a polícia] diz que é o povo que está a matar a própria polícia, enquanto são eles [a polícia] que está a matar. Eles não estão a controlar. A polícia está a ver o povo tipo lixo” disse o agente citado pela TV Sucesso.

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