Filipe Nyusi apela à união e o fim das manifestações

Filipe Nyusi apela à união e o fim das manifestações

O Presidente da República, Filipe Nyusi apela à união dos moçambicanos e fim das manifestações que vão decorrendo desde o passado dia 21 de Outubro em protestos aos resultados eleitorais.

Numa publicação divulgada na sua página social de Facebook, Nyusi defende que “neste momento de desafios, é fundamental que todos moçambicanos estejam unidos pelo bem da pátria”.

“A nossa força como país está na diversidade e na capacidade de superação como um povo. Juntos, com diálogo, respeito e solidariedade, vamos construir um futuro mais justo e próspero para todos”, disse o estadista moçambicano.

“Estejamos calmos, mantendo a nossa postura de um povo pacífico porquanto somos. Continuemos a trabalhar, cada um no seu sector se empenhando para o bem da nossa nação. Vamos fortalecer nossa união e continuar a caminhar com esperança e determinação”, enfatizou Filipe Nyusi.

Moçambique vive manifestações um pouco por todo o país contra os resultados das eleições gerais anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

O candidato presidencial apoiado pelo PODEMOS, Venâncio Mondlane, apelou a uma greve geral e manifestações durante uma semana em Moçambique, entre 31 de Outubro e 7 de Novembro, dia em que espera uma mega-concentração na capital para manifestar contra os resultados anunciados das eleições gerais de 9 de Outubro.

Venâncio Mondlane designou esta como a terceira etapa da contestação aos resultados anunciados pela CNE. Esta fase segue-se aos protestos realizados nos dias 21, 24 e 25 de Outubro, na sequência do duplo homicídio de dois apoiantes, o advogado Elvino Dias e o docente Paulo Guambe, mortos a tiro numa emboscada em Maputo na noite de 18 de Outubro.

A CNE anunciou, a 24 de Outubro, a vitória presidencial de Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, com 70,67% dos votos. Venâncio Mondlane teria ficado em segundo lugar, com 20,32%.

Contudo, Venâncio Mondlane não reconhece estes resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional.

Na terceira posição da eleição presidencial, de acordo com a CNE, ficou Ossufo Momade, presidente da Renamo, com 5,81%, seguido de Lutero Simango, presidente do MDM, com 3,21%. Ossufo Momade também disse que não reconhece os resultados eleitorais anunciados e pediu a anulação da votação. Lutero Simango recusou igualmente os resultados, considerando que foram “forjados na secretaria” e prometeu uma “acção política e jurídica” para repor a “vontade popular”.

 

(Foto DR)

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