Os membros da oposição que compõem a estrutura decisória da Comissão Nacional de Eleições (CNE) são restringidas de aceder aos locais de processamento de material de recenseamento e de votação.

“É um sítio onde os nossos técnicos não entram. Estão lá apenas para cumprir o que está na lei: de que fazem parte os técnicos, durante o período do processo eleitoral, quando já se começa com o calendário eleitoral” revelou, o membro sénior da Renamo, Fernando Mazanga,

O vice-Presidente da CNE fez a revelação, na segunda-feira, pelo no programa CIP Cast, do Centro de Integridade Pública, onde disse que a CNE é instrumentalizada pelo Secretariado Técnico da Administração eleitoral.

“Disso não tenho dúvidas. Somos empregados do STAE. Onde são martelados os resultados é no STAE, e depois apoiados [por uma parte na CNE], e depois eles se posicionam com os mais limpos”, disse.

Na verdade, o que se deveria verificar era o STAE a subordinar-se à CNE, mas segundo Mazanga, os papéis estão invertidos.

“A CNE devia mandar. Mas quando tem pessoas que não conhecem o seu real valor e poder, resulta nisto. Quero deixar transparecer que… aqueles poderes todos da CNE não estão a ser exercitados, porque na CNE há faíscas, debates que suplantam os que estão na Assembleia da República” disse.