O candidato presidencial, Venâncio Mondlane, não reconhece os resultados centralizados das eleições gerais de 9 de Outubro apresentados, na quinta-feira (24), em Maputo, pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Os resultados dão vantagem ao partido Frelimo (195 assentos no parlamento) e ao seu candidato, Daniel Chapo (70,67%). O partido Podemos (31) conquistou o segundo lugar no parlamento. Venâncio Mondlane (20,32%) foi o segundo candidato presidencial mais votado. A Renamo (20) e Ossufo Momade (5,81%) seguem em terceiro lugar. E o Movimento Democrático de Moçambique (4) e Lutero Simango (3,21%) conquistaram o quarto lugar.
“Nós rejeitamos, de forma liminar, esses resultados apresentados pelo Dom Carlos Matsinhe. São resultados falsos, adulterados, mentirosos, fraudulentos, burladores. Não são resultados que reflectem a vontade do povo. Nós rejeitamos, de forma linear, taxativa e absoluta, os resultados apresentados…”, disse.
Mondlane entende que a CNE violou a lei eleitoral que estipula a publicação das actas e editais de apuramento dos editais.
“A CNE não apresentou nenhum edital, simplesmente fez uma projecção a dizer quanto é que cada partido obteve”, disse, e acusou a CNE de perpetuar roubalheira de votos há mais de 30 anos.
Clarificou que CNE está ao serviço de uma agenda paralela, porquanto identificou irregularidades eleitorais e, deliberadamente, optou por as deixar passar, “pela pressão em apresentar os resultados”.
“Durante 30 anos, o erro, o engano sempre foi o mesmo…. Como vamos confiar em órgãos eleitorais que, por si só, já estão adulterados”?, questionou.
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