Moçambique vai, amanhã, escolher o novo Presidente da República, em substituição do actual, que esteve no poder nos últimos 10 anos.
Nestas eleições, surgiu um candidato que poderá transfigurar o habitual cenário de abstenções. Trata-se de Venâncio Mondlane, candidato independente, suportado pelo partido Podemos.
Um artigo publicado pelo Zitamar nota que Mondlane capitalizou a gama de eleitores que habitualmente se abstém de votar e a da nova geração. Isso faz antever uma participação massiva de eleitores.
Conforme o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), são esperados para votar mais de 17 milhões de eleitores, dos quais mais de 16 milhões no território nacional e o restante na diáspora.
“A possibilidade de uma alta participação nas eleições presidenciais de quarta-feira em Moçambique, invertendo tendências recentes, a favor do candidato independente Venâncio Mondlane, pode levar a um segundo turno na corrida presidencial, algo que nunca aconteceu em Moçambique desde 1994, ano das primeiras eleições multipartidárias do país”, lê-se no portal.
Para isso, o candidato independente deverá capitalizar os sentimentos de frustração da população por conta da gestão da administração que vai cessar funções, bem como os votos dos que se desvincularam do maior partido da oposição.
Para evitar que o principal candidato presidencial alcance 50% mais um voto no primeiro turno da votação, Mondlane precisaria que o líder da Renamo, Ossufo Momade, obtivesse uma boa votação, e que os apoiadores de Lutero Simango, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que fez uma campanha sólida e sóbria, ficassem com seu candidato, em vez de votar em Chapo para evitar a sensação de desperdiçar seu voto, escreve o Zitamar.
O portal também nota que “Chapo é amplamente visto como o favorito, não porque sua campanha foi brilhante, mas porque a Frelimo foi de longe a máquina mais poderosa durante os 44 dias do período oficial de campanha. Há também evidências crescentes de que as autoridades eleitorais estão manipulando os arranjos para a eleição e se preparando para fraudar a votação, a favor da Frelimo”.
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