A África do Sul garante que está tudo a ser feito para efectivar a extradição do cidadão moçambicano, Ismael Ramos Nangy, lá detido por, supostamente, ser o mandante de raptos entre aquele país e Moçambique.

O Ministro sul-africano da Polícia, Bhekokwakhe “Bheki” Hamilton Cele, recordou que os processos de extradição e repatriamento obedecem ao trâmites dos sistemas de justiça, não apenas os de polícia.

“Estamos a coordenar com os nossos outros departamentos e colegas para assegurar que esse processo, em particular, seja flexível, e ele possa vir e responder pelos crimes que terá cometido”, referiu.

Bheki Cele falava, na terça-feira (09), em Maputo, num encontro com o Ministro do Interior, Pascoal Ronda, onde debateram vários temas, com enfoque para os crimes de raptos.

Na sua intervenção, Ronda disse estarem em curso trabalhos para a identificação de outros cabecilhas de crimes de raptos espalhados pelo mundo. Ele considera errónea uma assumpção absoluta de que os mandantes estão na África do Sul.

“O mais importante é nós procurarmos, e de forma casuística vamos determinar onde é que estava cada um destes actores”, disse, frisando que sobre o caso de Ismael Ramos Nangy, será feito todo trabalho para serem identificados outros actores morais e materiais dos crimes.

Na óptica de Ronda, o combate aos crimes de rapto e sequestro vai ganhar novas dinâmicas com a recente aprovação do Executivo da revisão da lei orgânica do Serviço Nacional de Investigação Criminal e República de Moçambique.

Ismael Ramos Nangy está detido na África do Sul desde Janeiro de 2023, depois de ser capturado pela Interpol.