O Porto de Maputo prevê investir cerca de 600 milhões de dólares na reabilitação da infraestrutura, incluindo o cais, devendo aumentar o manuseio de carga, segundo Osório Lucas.

A carga manuseada deverá verificar um incremento de seis milhões de toneladas, passando das actuais 37 milhões de toneladas para 43 milhões.

Esse valor será alocado para a primeira fase das obras de requalificação da infraestrutura para dar vazão aos portos sul-africanos.

“Nós vamos iniciar, em breve, com obras de reabilitação do Porto, porque uma das cláusulas dessa extensão é que nós temos três anos a contar da data de início da assinatura da adenda para efectuar a primeira fase de investimentos que anda na ordem dos 500 aos 600 milhões de dólares. Significa que haverá activos, como o cais, que terão afectadas as suas capacidades porque vamos intervir nessas infraestruturas”, disse o Director Executivo da Sociedade de Investimento do Porto de Maputo, citado pela Rádio Moçambique.

O Director Executivo prevê, contudo, que o crescimento não seja à medida do desejável porque serão retiradas algumas infraestruturas para a reabilitação e aumento da capacidade.

Com a aprovação da extensão do contrato de concessão do Porto de Maputo por mais 25 anos, contados a partir de 2033, vários desafios serão impostos à gestão da infraestrutura para reforçar o seu posicionamento regional.

“A razão para nós pedirmos a extensão é que nós temos consciência do ponto de situação dos portos sul-africanos. Toda a gente envolvida no sector sabe que os portos sul-africanos estão a passar por momentos delicados, desde a condição das infraestruturas e serviços de equipamento. Isto justifica muito a pressão que a EN4 tem estado a sofrer. Há muita procura pelos portos de Maputo por causa da condição dos portos sul-africanos. Portanto, o Porto de Maputo tem de se posicionar imediatamente, sob pena de perder a sua posição hegemónica ou de cota de mercado. Por isso é que fazer esse investimento, agora, é estratégico”, explicou.