Frelimo e outros clientes não pagavam dívidas à LAM calculadas em 1.700 milhões de meticais

Frelimo e outros clientes não pagavam dívidas à LAM calculadas em 1.700 milhões de meticais

De mal à pior, as contas das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) estavam a ser prejudicadas pela falta de pagamento de dívidas por parte de seus clientes, entre os quais o partido no poder, a Frelimo, avança a Lusa (via Sapo).

A Fly Modern Ark (FMA), empresa contratada pelo Governo para endireitar, a companhia disse ter encontrado uma dívida inicial de 1.700 milhões de meticais. Entretanto, até Junho já rondava em 1.200 milhões de meticais, em resultado das cobranças, planos de pagamento, e reconciliação de contas.

Além da Frente de Libertação e Moçambique (Frelimo), as dívidas são de empresas estatais, públicas, privadas, ministérios, Forças Armadas, entre outras. Entre tais empresas – que não foi identificada – devia mais de 50 milhões de meticais.

Estas informações foram partilhadas à imprensa pela responsável pela administração financeira e contabilística na gestão da FMA na LAM, Zita Joaquim.

Segundo a Lusa, a Frelimo reconhece que é uma das entidades fora da lista de voos a crédito na LAM, por conta de uma dívida inicial estimada em 22 milhões de meticais. A Frelimo pagou cinco milhões da dívida, entretanto, culpabiliza a LAM por ter deixado acumular o saldo.

“Mas a lista de entidades é grande”, sublinhou, admitindo que desde Junho outros valores foram regularizados, mas preferindo não revelar o actual montante em dívida, até porque também encontraram casos comprovados de pagamentos feitos por clientes que não estavam regularizados nas contas da companhia, que estão a apurar.

A FMA assumiu a gestão da companhia aérea estatal em Abril, e reconheceu que a LAM tinha uma dívida estimada em cerca de 300 milhões de meticais, de acordo com dados fornecidos na altura.

A estratégia em curso, de revitalização da empresa, segue-se a anos de problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos, com registo de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à ineficiente manutenção das aeronaves.

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